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Grupo de ciência do G20 elabora recomendações sobre IA – 03/07/2024 – Ciência

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O S20 (Science20), braço científico do G20, divulgou nesta terça-feira (2) um documento de recomendações para os governos dos membros participantes. Entre as propostas, está a do esforço em criar e compartilhar bancos de dados científicos valiosos e bem curados, com ajuda da inteligência artificial (IA), entre os membros.

O tema do encontro de 2024, que aconteceu no Rio de Janeiro, foi “ciência para a transformação mundial”. As diretrizes elaboradas são relativas ao papel e desenvolvimento da ciência e dos cientistas sobre temas atuais, como bioeconomia, transição energética, saúde, justiça social, além da inteligência artificial.

Os presidentes das academias de ciências dos países membros devem assinar o documento até o dia 19 deste mês, comprometendo-se a implementar o máximo das recomendações.

“Os cientistas do G20 querem alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável”, afirmou Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC). “Sem ciência, não há desenvolvimento.”

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No eixo temático sobre inteligência artificial, o S20 sugere a criação de políticas para garantir a segurança no emprego e direitos dos trabalhadores. “Essas políticas devem ser flexíveis e adaptáveis e fundamentadas em princípios éticos compartilhados, o que garantirá inovação enquanto reduz os riscos sociais”, aponta o documento.

Outra recomendação é que os países estabeleçam regulamentações para IA, padrões de governança de dados e estruturas intergovernamentais para supervisionar tecnologias de IA que possam operar além do controle ou supervisão humana.

Na parte sobre bioeconomia, a equipe de trabalho do S20 recomenda que os países do G20 cheguem a um consenso sobre o papel da bioeconomia como uma das estratégias para enfrentar as mudanças climáticas e suas consequências. Os membros devem formular um quadro de políticas conjuntas que permita aos países implementar programas de bioeconomia, investir em inovações sociais e tecnológicas, compartilhar conhecimentos críticos, melhorar a qualidade de vida e proteger os recursos naturais.

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Os esforços para a transição energética devem ser voltados para reduzir emissões e aumentar o uso de fontes com baixas emissões, incluindo energia nuclear e renovável. A captura, utilização e armazenamento de carbono, junto com outras estratégias relacionadas, devem ser utilizadas para minimizar as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis.

Entre os desafios da saúde a serem enfrentados estão o acesso a vacinas, medicamentos e ferramentas de diagnóstico essenciais a todos. O grupo recomenda que haja desenvolvimento de pesquisa e inovação, com compartilhamento de conhecimento e transferência de tecnologia, nesse campo. Estratégias de comunicação e políticas de promoção de estilos de vida saudáveis também são propostas.

No eixo sobre justiça social, o grupo indica a expansão de infraestrutura para acesso universal à internet, aumento da alfabetização digital e formulação de abordagens inclusivas e equitativas para o desenvolvimento digital. Os membros também devem prevenir a disseminação de desinformação relacionada à ciência nos meios de comunicação digital por meio de estratégias nacionais, regionais e globais, que envolvam as comunidades científicas e a sociedade civil.

“Espero que o Brasil consiga liderar a implementação dessas recomendações, a ciência é relevante no país e, sem ela, não há justiça social”, diz Nader.

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