Criação de empregos formais soma 131,8 mil em maio, com queda de 15%

Dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho. Nos cinco primeiros meses deste ano, 1,09 milhão vagas com carteira assinada foram criadas, aumento de 24,5% em relação ao mesmo período em 2023. A economia brasileira gerou 131,81 mil empregos formais em maio deste ano, informou nesta quinta-feira (27) o Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em maio:
2,11 milhões de contratações;
1,98 milhões de demissões.
O resultado representa queda de 15,3% em relação a maio do ano passado, quando foram criados cerca de 155,7 mil empregos com carteira assinada.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o resultado foi influenciado pela calamidade climática no Rio Grande do Sul. O estado foi o único que registrou fechamento de vagas.
Foram 22.180 postos de trabalho encerrados no mês passado, quando as enchentes provocaram uma tragédia na região.
Marinho afirmou que, sem esse desastre, o dado de maio seria equivalente ao resultado do ano passado.
“A tendência é a economia voltar a girar no estado e voltar a ter números positivos em agosto”, previu o ministro.
Maio também foi o primeiro mês deste ano, na comparação com igual período do ano passado, com recuo na abertura de vagas formais.
Segundo o Ministério do Trabalho, a geração de vagas com carteira assinada é a pior, para meses de maio desde o ano 2020.
Veja os resultados para os meses de maio:
2020: 398 mil vagas fechadas
2021: 266 mil empregos criados
2022: 277 mil vagas abertas
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia.
Comunidades ainda estão alagadas no Rio Grande do Sul
Parcial do ano
De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,09 milhão empregos formais foram criados no país nos cinco primeiros meses deste ano.
O número representa alta de 24,5% na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram criadas 874,3 mil vagas com carteira assinada.
O resultado também foi o maior registrado para esse período desde o início da série histórica do novo Caged, em 2022 – quando foram abertas 1,1 milhão de vagas formais.
Marinho disse que a estimativa é encerrar o ano em cerca de 2 milhões de empregos gerados. “Previsão é muito difícil de fazer. […] Podemos dizer que os 2 milhões garantidos para esse ano”, afirmou o ministro.
Ao fim de maio de 2024, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 46,6 milhões de empregos com carteira assinada.
O resultado representa aumento na comparação com abril deste ano (45,47 milhões) e com maio de 2023 (44,93 milhões).
Setores
Os números do Caged de maio de 2024 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços.
Regiões do país
Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado.
Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o trimestre terminado em abril com taxa de desemprego em 7,5%. Trata-se do melhor resultado para este trimestre móvel desde 2014 (7,2%) e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (7,8%).

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